foto: site da Alcinéa Cavalcante
Semana inicia com uma triste noticia, aquela que nós profissionais da comunicação nunca deveríamos ter de divulgar. A morte do jornalista Bonfim Salgado deixa uma lacuna na imprensa amapaense. Bonfim foi um comunicador completo, carimbou presença na TV, no rádio e no impresso.
Ainda a pouco um amigo, Josivaldo Furtado (Gaúcho), contava sobre suas façanhas, aquelas que não pude presenciar pelo fator temporal e geográfico de nascimento. Na época do golpe militar, Bonfim com toda sua irreverência fazia o programa “Fatos, Boatos & Vice-versa” na rádio Educadora. O programa se diferenciava e criava marca para expor insatisfação - uma batida de mão fechada sobre a mesa. O som ecoava como protesto pela mordaça imposta durante o período.
Com certeza ficamos mais tristes, mais pobres, mais órfãos e menos encantados. Perdemos um dos maiores expoente da nossa comunicação. Não somos seres eternos, nascemos, crescemos e morremos, nossos feitos ficam, nossas atitudes marcam e é dessa forma que vou lembrar de Bonfim Salgado, sua habilidade para com as palavras, sua alegria, seu orgulho pela família, a paixão pelo jornalismo e o carinho para com os amigos.
Por vezes esquecemos que a vida se gasta, que o nunca mora bem perto e que o adeus deve ser dado sempre como se fosse o ultimo, parece clichê, mas é desta forma que funciona. Vai com Deus meu amigo, e me espera com aquele cafezinho pronto para quando um dia eu aí chegar na redação do céu :)))
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